Novas regras para produção e padrão de qualidade do leite cru causam apreensão

As novas regras para produção e padrão de qualidade do leite cru foram publicadas na sexta- feira (30) , no Diário Oficial da União, pelo Ministério da Agricultura (Mapa).
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As novas regras para produção e padrão de qualidade do leite cru foram publicadas na sexta- feira (30) , no Diário Oficial da União, pelo Ministério da Agricultura (Mapa). As instruções normativas (INs) 76, 77 e 78 entram em vigor em 180 dias. Alguns itens não contemplaram pleitos das entidades, que puderam fazer sugestões ao Mapa enquanto as minutas ficaram em consulta pública, entre abril e junho deste ano.

Há receio de que parte dos produtores não consiga se adequar no prazo estabelecido. Uma das alterações fixadas na IN 77, que revogou a IN 62, de 2011, refere-se à temperatura do leite cru refrigerado no ato de sua recepção pelo estabelecimento, que passou de 10 graus Celsius para 7. A indústria tinha reivindicado que a temperatura ficasse em 9 graus, mas isso será admitido apenas excepcionalmente.
«Entendemos que a exigência dos 7 graus, em termos de qualidade, será positiva, mas isso exigirá mudanças profundas no campo e em todo o sistema de coleta do leite«, avalia a veterinária e consultora em Qualidade do Sindilat, Letícia Vieira. Para ela, os laticínios terão que reformular rotas e talvez investir em mais caminhões, para fazer com que o leite chegue mais rapidamente à indústria.
Isso sugere que poderá haver exclusão de produtores que residem distante dos laticínios e dos que ainda utilizam sistemas antigos de resfriamento. A professora de Medicina Veterinária da Unijuí, Denize Fraga comenta que as publicações geraram apreensão no Noroeste gaúcho. «Muitos produtores vão ter que comprar novos resfriadores, e isso não se resolve do dia para a noite, além de  exigir investimentos», observa.
Outra regra que causou estranheza entre os laticínios é a que estabeleceu que o leite cru refrigerado deve apresentar limite máximo para Contagem Padrão em Placas de até 900 mil unidades formadoras de colônia por mililitro antes do processamento. «Esse padrão, para a indústria, ainda é desconhecido», diz Letícia, ao informar que o Sindilat já iniciou uma pesquisa para avaliar se este padrão é compatível com a realidade, já que o controle não era rotina na indústria.
Em relação à qualidade do leite cru refrigerado foi mantida a contagem bacteriana máxima de 300 mil unidades por ml e 500 mil células somáticas por ml. O Mapa, por sua vez, alega que as novas normas permitirão «avanço significativo nos índices de qualidade, aumento da produtividade leiteira, oferta de alimentos mais seguros à população e queda de barreiras comerciais para exportação».

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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