Os produtores de leite brasileiros começaram a explorar um mercado promissor: a produção de leite de vaca permitido até mesmo para consumidores que possuem Alergia à Proteína do Leite (APLV).
O leite, que tem o mesmo sabor e é produzido da mesma forma que o leite comum, tem apenas um segredo: o melhoramento genético dos gados leiteiros. De acordo com o pesquisador da Embrapa, Carlos Martins, há evidências científicas de que algumas raças produzem leite em que a beta-caseína não causa reações em pessoas que possuem alergia a essa proteína.
“Eles identificam no DNA do animal essa característica. Aí é só acasalar sempre um touro A2A2 com uma vaca A2A2 que terá 100% de bezerros A2A2, produzindo leite com a beta-caseína A2A2”, explica ao Jornal Opção.
Em Goiás, alguns produtores já voltaram os olhos pra esse nicho de mercado e tem investido na produção. É o caso do Dilson Cordeiro, do município de Cocalzinho.
Produtor de leite há 25 anos, Dilson está há oito promovendo o melhoramento genético e hoje 60% do gado leiteiro já produz leite A2. “A procura é grande, todo mundo quer saúde, quer bem-estar. Costumo dizer que esse leite é quase como um remédio, já que hoje muitas pessoas tem alergia.”
Alergia x Intolerância
Vale destacar que o leite A2 não é indicado para os casos de intolerância à lactose. A lactose é o açúcar do leite e não uma proteína e a intolerância acontece com pessoas que têm deficiência na produção de uma enzima chamada lactase. Os sintomas da intolerância à lactose são dores abdominais, diarreia, flatulência e abdômen distendido.
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