Manteiga: Falta do produto é a pior desde a Segunda Guerra Mundial

Manteiga — Os croissants franceses estão em risco por causa de uma crise na oferta de manteiga que afeta o país, já apontada pela imprensa local como a pior desde a Segunda Guerra Mundial.
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Manteiga — Os croissants franceses estão em risco por causa de uma crise na oferta de manteiga que afeta o país, já apontada pela imprensa local como a pior desde a Segunda Guerra Mundial. Por meses padeiros, confeiteiros, fazendeiros a indústria alimentícia alertaram sobre os riscos, e agora ela chegou. As gôndolas dos supermercados estão vazias e os tradicionais pães folhados estão se tornando mais raros e caros.
A crise foi provocada por um conjunto de fatores que inclui a queda na produção de leite, combinada com baixas receitas do setor em 2016 e o aumento da demanda global pelo produto. Este cenário forçou a alta dos preços, que subiram de 2.500 euros a tonelada em abril do ano passado para 7 mil euros nos últimos meses.
— Nós estamos racionando os suprimentos desde agosto — disse à AFP Claude François, dona de uma pequena fábrica de massas na região de Cher, que foi obrigada a cortar o horário de trabalho dos funcionários em 70% por falta de manteiga para a produção. — Nós estamos recebendo apenas uma tonelada por semana, mas precisamos de três. Não podemos continuar assim por muito mais tempo.
Já Thierry Lucas, dono de uma padaria em Finistère, teve que aumentar os preços dos croissants para bancar a alta no custo da manteiga, que representa quase um quarto dos ingredientes do pãozinho. Até mesmo em regiões conhecidas pela produção de leite, como a Normandia, os supermercados estão com as prateleiras do produto vazias.
A crise já começa a afetar o governo do presidente, Emmanuel Macron. O ministro da Agricultura e Alimentos, Stéphane Travert, teve que vir a público informar que a queda na oferta será revertida em breve, pelo aumento esperado na produção de leite. Contudo, indústria e fazendeiros alertam que a situação pode se prolongar até o fim do ano.
A turbulência no setor começou em 2015, quando a União Europeia aboliu seu sistema de cotas de leite, fazendo com que o mercado interno fosse inundado pelo produto, provocando uma forte queda nos preços. O barateamento do leite reduziu os preços da manteiga, fazendo com que o produto se tornasse menos atrativo para a indústria. Por outro lado, a demanda aumentou, sobretudo no mercado externo.
Para contornar a crise, o governo tenta cumprir promessa de campanha de apoiar os fazendeiros nas negociações com a indústria de laticínios por um preço mais atrativo. Em termos financeiros, é melhor produzir leite para o comércio in natura ou para produtores de queijo. Nesta semana, Travert informou ao Parlamento que fornecedores de leite e produtores de manteiga devem concordar com um ajuste nos preços.
https://oglobo.globo.com/sociedade/crise-na-oferta-de-manteiga-ameaca-os-croissants-na-franca-21993516

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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