Em todo Estado de São Paulo, 10 milhões de bovinos e bubalinos devem receber a segunda dose
Exatos 107.500 bovinos e bubalinos devem ser vacinados contra a febre aftosa em Catanduva e região até o fim deste mês. No mesmo período do ano passado, o índice de 99,83% foi alcançado em novembro, época da segunda etapa da vacina. Além de Catanduva, outras 18 cidades da região fazem parte do escritório local. Na primeira etapa deste ano, 181.178 mil animais foram vacinados. A informação é da Defesa Agropecuária de São Paulo.
Em todo Estado de São Paulo, 10 milhões de bovinos e bubalinos devem ser vacinados no período. Começou no dia 1º de novembro e segue até o dia 30 a segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa deste ano. Durante a campanha devem ser vacinados todos os chamados bovídeos (bovinos e bubalinos) do rebanho, inclusive aqueles que foram vacinados em maio deste ano que tinham de zero a 24 meses.
Segundo Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agropecuária de São Paulo, o rebanho do nosso estado tem uma estimativa de 10 milhões de cabeças, sendo que todos devem ser vacinados contra a febre. “O último índice alcançado nesta mesma etapa, em novembro passado, foi 99,02%. O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido e assim teremos 100% do rebanho vacinado”, disse Buchala.
Há 19 anos não é registrado foco de aftosa no Estado de São Paulo. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam a importância do rebanho brasileiro dos chamados bovídeos, que conta com 212,3 milhões. Nosso estado se destaca no cenário como o oitavo maior produtor de bovinos e o sexto maior produtor de bubalinos.
Sobre a doença
A febre aftosa é considerada uma doença altamente contagiosa, provocada pelo vírus da família Picornavidae. A mortalidade em animais adultos contaminados é pequena, mas, em animais jovens provoca problemas cardíacos que levam a morte. A doença pode afetar ovinos, bovinos, caprinos e suínos. Entre os primeiros sintomas são calafrios, falta de apetite, feridas, febre e redução na produção de leite. Os animais contaminados ficam muito fracos e tendem a ficar abatidos.
Cuidados
Entre os cuidados que devem ser feitos estão: adquirir vacina em estabelecimentos cadastrados pela Coordenadoria de Defesa Agropecuária. O motivo é que a legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.
A vacina também deve ser mantida entre os dois e oito graus, tanto no transporte como no armazenamento, usando sempre uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços do volume em gelo. A vacina nunca deve ser congelada.
É importante também escolher o horário mais fresco do dia para realizar a vacinação e classificar os animais por idade e sexo, para evitar que acidentes aconteçam durante a vacinação. A vacina deve ser aplicada no terço médio do pescoço, independente da idade, a dose é de 5 ml de vacina.
Só devem ser usadas seringas e agulhas devidamente higienizadas, sem o uso de produtos químicos, nem álcool, nem cloro. As agulhas devem ser substituídas com frequência para evitar infecções e os frascos da vacina devem ser mantidos resfriados durante a operação.
O criador tem até o dia sete de dezembro para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária, ou pelo sistema informatizado. Também é necessário declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade como: equídeos (equinos, asininos e muares), suideos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos, aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).
A vacina contra a aftosa é obrigatória. Não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa Agropecuária até a data estabelecida (7 de dezembro) torna o proprietário sujeito a multas. Entre elas: 5 Ufesps (R$ 106,25) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (R$ 63,75) por cabeça por deixar de comunicar a vacinação. O valor de cada Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp) é R$ 21,25.
http://www.oregional.com.br/2015/11/mais-de-107-mil-bovinos-devem-ser-vacinados-contra-aftosa_318911
