JB no campo – Exportação de derivados de leite, o exemplo do Funrural

JB no campo - Registramos nesta coluna no domingo passado que os produtores de leite deveriam  se unir para o Brasil ter uma equipe de elite voltada exclusivamente para a exportação de derivados de leite.
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

Registramos nesta coluna no domingo passado que os produtores de leite deveriam  se unir para o Brasil ter uma equipe de elite voltada exclusivamente para a exportação de derivados de leite. Uma força nova, de talentos, com recursos financeiros e tenacidade para atingirmos  em alguns anos a  exportação de pelo menos 20% da nossa produção. Isso representaria apenas 1% da produção mundial estimada pela FAO.
Vale a pena ler o artigo de Denis Teixeira, Glauco Carvalho, e João César, da Embrapa Gado de Leite, na última edição da revista Balde Branco. Estamos tentando sensibilizar pessoas para o óbvio, milhões de empregos dependem disso. Como não há regulação ou garantias de preços mínimos para o produtor, milhares de produtores rurais deixaram a atividade nos últimos anos.
Observa-se também uma concentração da produção em fazendas de maior porte, o que promove um grande desequilíbrio lógico nos preços pagos a quem produz em maior ou menor volume. Além disso, a gestão de cooperativas (com exceções) continua a abrir espaços para a concentração industrial dos processadores de leite in natura. Estamos queimando empregos, grande fórmula para desorganização social, desigualdade, insegurança.
Então, o esforço de alguns produtores rurais seria patriótico, demandando neste ano eleitoral um PROGRAMA, uma EQUIPE, um movimento pró exportação. E rápido, pois nenhum resultado será imediato. Entra aqui o exemplo do Funrural, uma confusão tributária contra a qual produtores se insurgiram, acabando conseguindo vitória parcial com a derrubada de vetos do Executivo pelo Congresso.
Longe do meu pensamento defender privilégios ou incentivos sem lógica pública conquistados por movimentações corporativistas ou lobby. Aliás, para melhorar a segurança no Rio de Janeiro uma medida que eu sugeriria seria suspender de imediato todos os incentivos fiscais de ICMS por um ou dois anos e aplicar todo o resultado daí advindo no reequipamento do sistema de segurança do Estado, no Estado. Os fluminenses não têm ideia de quantos bilhões surgiriam nos cofres para combate a essa guerra civil hoje  instalada.
Voltando ao tema: pedir uma política, uma equipe dedicada à exportação poderia ser vitoriosa se articulação semelhante à que foi feita em torno do Funrural venha a ser inaugurada. E repito, não devemos contar com a chamada “cadeia do leite” para isso. Protagonistas do setor industrial de lácteos têm suas matrizes na Comunidade Europeia, e quem decide importações e exportações nunca será uma filial.
Quem precisa carregar esse andor são os produtores, pequenos, médios e grandes. Como mobilizar gente que produz e emprega para sugerir, pressionar, o pobre quadro político que temos hoje? Imagino que no Centro-Oeste, com objetivo de aumentar o valor agregado de soja, milho, algodão, vão surgir grandes projetos integrados para produção (e exportação) de derivados de leite.
Será muito bom para o Brasil, mas no Sudeste dezenas de milhares de proprietários vão sair da atividade. Exportação já! ou mais desemprego…
http://www.jb.com.br/artigo/noticias/2018/04/08/jb-no-campo-exportacao-de-derivados-de-leite-o-exemplo-do-funrural/

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas