A importação de manteiga representa um negócio de oportunidade. Agora no mês de maio, a Milkaut (filial do grupo francês Savencia) comprou da uruguaia Conaprole, 24,5 toneladas do produto a granel ao preço de US$ 5,00/kg. Já a Mastellone Hnos (La Serenísima), SanCor e Verónica exportaram 42,3 toneladas de manteiga a granel ao preço FOB médio de US$ 5,46/quilo.
Os maiores preços corresponderam a uma operação de 1,20 toneladas da Verónica com destino aos Estados Unidos por US$ 9,00/kg, e outra da SanCor de 14,8 toneladas enviadas ao Brasil pelo valor de US$ 6,30/quilo. Enquanto isso a maior cadeia de supermercados, a COTO, importou 20,4 toneladas de pacotes de manteiga da Conaprole, ao preço de US$ 4,75/kg.
Mas, já foram registradas importações de 97,8 toneladas de manteiga embalada, ao preço médio de US$ 5,51/kg ( a maior parte das operações foram realizadas pela filial local da canadense Saputo, com destino ao Brasil e à Rússia).
A manteiga é um dos poucos lácteos que no último ano teve aumento substancial de preços. Em maio de 2016 foram registradas vendas de 203,2 toneladas do produto a granel ao preço FOB de US$ 2,94/kg ( o que representa um aumento interanual de 85%).
Este ano, devido à progressiva redução da oferta de leite – decorrente de desastres climáticos com queda número de vacas e fechamento de propriedades leiteiras -, pode voltar a repetir (tal como aconteceu em 2016) desabastecimento pontual de manteiga durante o inverno (a partir do mês de julho os percentuais de matéria gorda na produção de leite argentina cai de forma acentuada por questões sazonais). A maior parte da produção de creme (insumo a partir do qual se elabora a manteiga) provém do leite desnatado – total ou parcialmente – destinado à elaboração de leite em pó desnatado, queijos e iogurtes.
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