# Importação e alto custo de produção ameaçam a pecuária leiteira do Brasil

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Um momento difí­cil impacta de maneira determinante sobre a cadeia produtiva do leite do Brasil. Fatores que quando associados criaram um contexto de instabilidade, incerteza e preços baixos pagos ao produtor. Entre os elementos, ganha destaque a forte alta do custo de produção, causada pela elevação do preço da ração e a importação de leite de paí­ses vizinhos como Uruguai e Argentina.

Segundo Wilson Igi, diretor do Sindicato Rural de Campo Grande, o momento negativo acontece por questões ligadas ao mercado e também a questão polí­tica e econí´mica que envolve os paí­ses vizinhos. “Podemos destacar que o custo para elaboração da ração disparou com a elevação dos preços do milho e soja. Além disso, o produtor de leite brasileiro sofre com a entrada desenfreada de produtos lácteos vindos de paí­ses como Uruguai e Argentina, que traz desequilí­brio para o mercado interno”, afirmou Igi ao lembrar-se da chamada ‘Guerra dos Portos’, no qual alguns estados brasileiros disputam a importação de produtos de diversas origens, através de incentivo ou renúncia fiscal.

Com alguns produtos lácteos não é diferente. Mato Grosso do Sul, Estado que também estava na disputa pela entrada de produtos, conjuntamente com Pernambuco, Santa Catarina, Paraná e Espí­rito Santo, além de Tocantins, Maranhão e Goiás. No caso sul-mato-grossense, a entrada no Estado concentrou-se em produtos lácteos, oriundos principalmente do Uruguai.

Neste caso, segundo o Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Superintendíªncia Federal da Agricultura de Mato Grosso do Sul, a ação do braço do Ministério da Agricultura tem como base a Portaria nº 183/1998, que define que os importados de origem animal passam por inspeção de documentação realizada pelos agentes do Sistema de Vigilí¢ncia Agropecuária Internacional (Vigiagro). São analisadas as solicitações das empresas localizada em Mato Grosso do Sul para os produtos diversos de origem animal, como pescados, carnes, manteiga e queijo.

O procedimento é feito após o requerimento, análise técnica e os dados são inseridos no Siscomex, sistema de informações disposto pelo Mapa, Anvisa e Receita Federal.
Ainda segundo o órgão da SFA/MS, os produtos não tíªm ficado em Mato Grosso do Sul e, geralmente seguem para São Paulo e Minas Gerais, com a finalidade de industrialização, com destaque principalmente para manteiga, leite em pó e queijo para ralar. “Este tipo de ação, a importação, prejudica sobremaneira a cadeia produtiva do leite do Brasil, uma vez que acaba chegando como uma concorríªncia fortalecida pelos subsí­dios concedidos pelo governo”, disse Igi.

Em dados solidificados, segundo a Agíªncia de Informações Rural Business, as importações brasileiras de leite e derivados feitas do Uruguai não param de crescer em 2012, juntamente com a Argentina que também conta com bom ritmo.

No 1° semestre deste ano vieram do Uruguai 37,5 mil toneladas lí­quidas de leite e derivados. Com o crescente aumento demográfico e capacidade de compra do brasileiro, as importações cresceram fortemente neste ano, 75% a mais que um ano atrás, quando eram adquiridas 21,5 mil/t do Uruguai. As importações do Paí­s vizinho em 2012 é a segunda maior da história, sendo superadas apenas pelo volume do ano 2000 quando entraram 51,5 mil/ton.

Ainda segunda a Rural Business, os importadores brasileiros já gastaram neste ano um recorde de R$ 215,6 milhões, 88 milhões de reais ou 69% acima dos gastos registrados em 2011, quando as compras ficaram em R$ 127,8 milhões. Em dólar, foram gastos cerca de US$ 115,7 milhões, número histórico para os seis primeiros meses do ano, mostrando uma média na tonelada de US$ 3.137,00.

Fonte: Sindicato Rural Campo Grande MS

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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