Fachin nega recurso à JBS para manter venda de ativos à Minerva

BRASÍLIA e RIO - O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso para que a JBS desse prosseguimento à venda de operações da empresa em países do Mercosul para a rival Minerva.
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BRASÍLIA e RIO – O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso para que a JBS desse prosseguimento à venda de operações da empresa em países do Mercosul para a rival Minerva. O negócio, avaliado em US$ 300 milhões e que havia sido anunciado no início de junho, fora suspenso por decisão da 10ª Vara Federal de Brasília há dez dias.
 
A decisão de Fachin foi assinada na última sexta-feira, um dia depois de os irmãos Joesley e Wesley Batista terem recorrido ao STF questionando a suspensão. No recurso, os donos da JBS afirmam que o juiz substituto Ricardo Leite, da 10ª Vara, contrariou o Supremo ao não observar o acordo de delação premiada, no qual não estaria previsto este tipo de proibição.
«Na minha ótica, a interpretação acerca dos efeitos jurídicos decorrentes da cláusula de imunidade (imunidade penal concedida aos dois executivos no acordo de delação), no caso concreto, escapa das balizas da via reclamatória», diz Fachin na decisão. «Os reclamantes não se desincumbiram do ônus de evidenciar o perigo da demora a nessa parcela, exigir pronunciamento imediato da Corte», continua o ministro.
A JBS é a maior processadora de proteína animal do mundo e enfrenta forte crise após os irmãos Batista terem admitido, em delação premiada, o pagamento de propina a políticos para obtenção de favores. Os termos da delação foram revelados pelo colunista do GLOBO Lauro Jardim, em 17 de maio.
Com a imagem manchada, a empresa enfrenta dificuldade de conseguir crédito para refinanciar sua dívida. Assim, iniciou um programa de vendas de ativos, com o qual pretende levantar R$ 6 bilhões, para honrar os compromissos com credores. Estão à venda a irlandesa MoyPark, a fatia na empresa de laticínios Vigor e fazendas de gado nos Estados Unidos.
A venda das operações em Paraguai, Uruguai e Argentina à Minerva — o segundo maior frigorífico de carne bovina do país, atrás da própria JBS — se insere nessa estratégia. O negócio foi anunciado antes mesmo de a JBS comunicar o mercado sobre seu programa de desinvestimento.
Paralelamente, o grupo J&F, que controla a JBS, também negocia vender ativos, com objetivo de levantar recursos para pagar a multa de R$ 10,3 bilhões acertada com a Procuradoria Geral da República na delação. Estão à venda a Alpargatas, dona das Havaianas, e a Eldorado.
https://oglobo.globo.com/economia/fachin-nega-recurso-jbs-para-manter-venda-de-ativos-minerva-21543848

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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