A Europa está ficando sem manteiga

Manteiga/UE – A Europa enfrenta uma grande crise de manteiga. Um aumento acentuado da demanda global fez com o preço de atacado da manteiga quase dobrasse na Europa.
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Manteiga/UE – A Europa enfrenta uma grande crise de manteiga. Um aumento acentuado da demanda global fez com o preço de atacado da manteiga quase dobrasse na Europa.
Os consumidores também estão pagando: os preços no varejo subiram cerca de 20% em junho, em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Euromonitor. A Federação das Empresas de Boulangerie, um grupo de indústria que representa os padeiros franceses, descreveu a situação como uma “grande crise”. É um aviso para aumentos acentuados nos preços dos croissants, tortas e brioches. “O preço da manteiga, embora voláteis, nunca havia atingido esse nível antes”, afirmou o grupo em comunicado. “A falta de manteiga parece ser uma ameaça real até o final do ano”.
Existem vários fatores por trás da elevação dos preços: o consumo de manteiga está crescendo graças à maior demanda de países, incluindo a China, e os consumidores retornam ao produto lácteos depois que as dúvidas relacionando seu consumo com doenças cardíacas foram dissipadas. Enquanto isso a produção despenca na Europa.
Todos estão consumindo
O consumo mundial de manteiga vem se recuperando depois de anos de declínio, quando os consumidores substituíram a manteiga por margarina e similares. Raphael Moreau, analista de alimentos do Euromonitor, disse que os consumidores optam por ingredientes que pareçam mais naturais e menos processados, incluindo a manteiga. A média Europeia de consumo de manteiga foi de 8,4 pounds, em 2015, últimos dados disponíveis, e em 2010 a quantidade foi de 7,9 pounds. A média norte-americana de consumo, também em 2015, foi de 5,6 pounds, acima dos 4,9 pounds registrados em 2010, de acordo com o Departamento de Agricultura (USDA).
Ao mesmo tempo, a demanda chinesa por produtos lácteos estrangeiros cresce. O USDA prevê que a importação chinesa de lácteos cresça 38% este ano, com a maioria deles saindo da União Europeia (UE) e Nova Zelândia. Também o USDA prevê que o consumo mundial de manteiga cresça 3% a mais este ano.
Fator saúde
Recentes estudos científicos sugerem que manteiga, que era associada a doenças cardíacas e aumento do risco de morte, pode não representar um fator de risco, como previsto anteriormente. Um estudo publicado em 2016 indicou que a manteiga possui uma associação neutra com mortalidade. “Preocupações com a saúde provocaram o distanciamento das gorduras para os açúcares”, disse Moreau. O preço da manteiga entra em colapso nos anos seguintes causando desequilíbrios nas indústrias de laticínios.
Em 2014, a Rússia estabeleceu um embargo aos alimentos europeus, respondendo às sanções estabelecidas em decorrência da anexação da Ucrânia. A Rússia comprava 24% da manteiga exportada pela UE. O resultado foi queda dramática dos preços. Em muitos países europeus, o leite era mais baixo do que uma garrafa de água. A UE continuou intervindo no mercado, mas, muitos produtores de leite abandonaram a atividade. Mais de 1.000 pararam sua produção, somente no Reino Unido, de acordo com Moreau.
A crescente escassez
A próxima preocupação é a falta de manteiga na Europa. A produção de manteiga caiu 5% no ano, até maio de 2017. Enquanto isso, os estoques de manteiga caíram 98%, de acordo com o Observatório do Leite da Comissão Europeia.
“Desta forma a oferta permanece justa, enquanto a demanda aumenta, levando à escassez de manteiga na UE, fazendo com que os preços subam quando os compradores tentam fazer contratos para garantir estoques”, disse Michael Liberty, analista do mercado de lácteos da Mintec. Peder Tuborgh, diretor da gigante Arla do Reino Unido, advertiu na BBC, no mês passado, que é provável que não haja leite e creme durante o Natal.
http://www.terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=12976:a-europa-esta-ficando-sem-manteiga

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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