O curso foi realizado na cozinha da Igreja Nossa Senhora de Fátima, no Assentamento Rural Colniza I, e reuniu 28 pessoas, entre jovens, mulheres e produtores rurais.
Durante o curso foram dadas orientações técnicas de como fazer requeijão cremoso, queijo minas frescal branco e temperado, queijo meia cura, pré-cozido, iogurte, doce de leite pastoso e em barra, licor de leite, muçarela e outros. Conceição esclarece que a finalidade do curso foi produzir derivados do leite com qualidade nutricional e mostrar a transformação do leite para produção de queijos. E também como aproveitar o soro na fabricação de ricota, patê, bebida láctea e a técnica de como pasteurizar o leite cru.
De acordo com a extensionista, o aproveitamento do soro é uma surpresa para muitos produtores e destaca que em propriedades rurais o material é utilizado na alimentação dos suínos ou acaba sendo descartado. “Além de produzir derivados do leite mostramos também que o soro pode ser utilizado de forma saborosa e nutritiva”, enfatiza.
A produtora rural, Cristiane Duarte de Lima Caldas fala que pela segunda vez participa do curso de derivados do leite realizado pelos técnicos da Empaer, e que dessa vez, “colocou a mão na massa”, fez doces e queijos. “Prefiro fazer doces e requeijão e pretendo aperfeiçoar na técnica para no futuro comercializar a produção. Por enquanto, somente a família vai testando a qualidade dos produtos feitos em casa”, destaca Cristiane.
Os participantes receberam orientações sobre boas práticas de fabricação, pasteurização, processamento, higiene na ordenha, cuidados com equipamentos e instalações. Antes do curso, o médico veterinário da Empaer, Wilian Kasper, proferiu palestra com a demonstração técnica de higiene na ordenha e qualidade do leite, práticas sobre a saúde do ordenhador, qualidade da água, local de ordenha e outros.
Segundo Wilian, para se obter um produto de qualidade é importante observar as condições de saúde do animal e do ordenhador. Outro ponto de destaque foi a condição da água utilizada para a lavagem das mãos e dos utensílios (como peneiras), dos equipamentos de ordenha e das tetas dos animais para evitar a contaminação do leite. “O local da ordenha tem que ser cimentado, coberto, tranquilo, arejado, limpo e, se possível, com meia parede para proteger o leite contra poeira e evitar contaminação”, esclarece.
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