Em disputa com Seara, BRF reduz preço da marca Sadia

São Paulo, SP, 09 de Dezembro de 2015 - Diferentemente do que se supunha, a estratégia de preços adotada pela BRF para fazer frente à concorrência mais acirrada no mercado de alimentos processados levou a uma redução de preços da marca líder Sadia nas categorias presunto e linguiça defumada, e não da marca Perdigão.
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São Paulo, SP, 09 de Dezembro de 2015 – Diferentemente do que se supunha, a estratégia de preços adotada pela BRF para fazer frente à concorrência mais acirrada no mercado de alimentos processados levou a uma redução de preços da marca líder Sadia nas categorias presunto e linguiça defumada, e não da marca Perdigão.

As duas categorias são emblemáticas da disputa que BRF e JBS Foods, dona da marca Seara, vêm travando nas gôndolas. Em julho, a BRF relançou a marca Perdigão nas categorias presunto e linguiça defumada. Durante três anos, a marca ficou fora desses segmentos por determinação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O relançamento, contudo, coincidiu com o fortalecimento da marca Seara, que vem ganhando fatia de mercado.

«Estranhamente, nas categorias em que a Perdigão foi reintroduzida, é a Sadia que reduziu preços recentemente», aponta relatório do BTG Pactual, com base em pesquisa de preço realizada a partir de julho por 21 semanas consecutivas em mais de 40 supermercados e hipermercados do país. O BTG ressalvou, porém, que a pesquisa não é conclusiva e não possui relevância estatística.

A atenção dos investidores para a estratégia de preços de BRF e JBS Foods no Brasil cresceu especialmente após a BRF divulgar, no fim de outubro, os resultados do terceiro trimestre. Na ocasião, a BRF revelou a estratégia de adiar para 2016 o reajuste de preços para compensar a alta de custos. Essa anúncio suscitou preocupações no mercado de que uma «guerra de preços» entre BRF e JBS Foods esteja em andamento.

Em entrevista em outubro, o CEO global da BRF, Pedro Faria, reconheceu que o retorno da marca Perdigão acirrou a concorrência. De acordo com ele, a BRF tenta «impor a força», mas também há um concorrente que tem essa «pretensão», em uma alusão à Seara.

Em evento com analistas em novembro, para comentar os resultados da JBS, o presidente global de operações da companhia, Gilberto Tomazoni, afirmou que a JBS Foods gostaria de aumentar os preços, mas ponderou que a empresa «não estava sozinha no mercado».

A pesquisa do BTG indica que é a BRF que está adotando uma estratégia «agressiva» de preços. «Descobrimos que a JBS vem agindo da maneira mais racional possível. Sua postura orientada para a rentabilidade vem como um alívio. É a líder de mercado e não o concorrente mais próximo que está movendo os preços» apontou o relatório assinado pelos analistas Thiago Duarte e Jose Rizzardo.

A questão agora, para os analistas, é como ficará a participação de mercado das empresas no quarto trimestre. A avaliação é que a estratégia da BRF pode resultar em aumento das vendas em volume e da fatia de mercado. Se isso não ocorrer, acreditam os analistas do BTG, significará que a BRF continua a «executar mal» sua estratégia ou que a JBS Foods surge como um concorrente mais forte do que se pensava. JBS e BRF não comentaram o relatório.

Fonte: Valor

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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