Demanda e problemas no clima impulsionam alta de alimentos, diz IBGE

As mudanças climáticas e o aumento na demanda, sobretudo em países emergentes, tem pressionado os preços dos alimentos na última década.
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

As mudanças climáticas e o aumento na demanda, sobretudo em países emergentes, tem pressionado os preços dos alimentos na última década. De janeiro de 2007 até abril de 2016, os alimentos ficaram 129%, dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A inflação no mesmo período foi de 77,40%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

«O clima mudou muito. A gente tem seca, estiagem, excesso de chuvas. Às vezes em outro País, tem problema de safra na Rússia, e isso afeta basicamente o mundo todo, por causa das exportações», justificou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Por essa razão, os alimentos continuam pressionando a inflação no País, disse Eulina. A alta dos alimentos ficou em 13,40% nos 12 meses encerrados em abril, contra um IPCA de 9,28% no período.

«Os alimentos têm subido muito nos últimos anos, principalmente por causa dos problemas climáticos, não só no País, mas no mundo todo. A demanda cresceu muito nos países emergentes, como China, Índia. No Brasil também, a renda aumentou muito nesse período. Então a demanda está mais forte por alimentos», avaliou a coordenadora.

Em abril, houve pressão de vários itens, como a batata-inglesa (13,13%), açaí (9,22%), manteiga (6,42%), farinha de mandioca (4,65%), frutas (4,13%) e leite longa vida (4,09%).

«O que aumentou foi (alimentos no) supermercado. Os problemas climáticos têm prejudicado a safra da batata e das frutas também. E, no caso do leite, o pecuarista tem preferido usar o gado para corte. Tanto é que a carne está com preço em queda, pela maior oferta. Com isso, o leite está na entressafra, e junto com ele tem toda a cadeia de derivados do leite que ficam mais caros também», explicou Eulina.

Serviços

A demanda mais fraca voltou a reduzir a inflação de serviços em abril no IPCA. A taxa acumulada em 12 meses passou de 7,49% em março para 7,34% no último mês.

O resultado de abril foi o mais baixo da série histórica do IBGE, iniciada em janeiro de 2013, quando os serviços começam a pressionar o IPCA.

«A gente espera que nos próximos meses a inflação de serviços (acumulada em 12 meses) se firme nesse patamar de 7%, e esse movimento a gente pode atribuir à demanda mais fraca», afirmou Eulina.

Nos 12 meses encerrados em abril, o IPCA foi superior à inflação de serviços, aos 9,28%. O resultado do mês também ficou acima: a inflação de serviços foi de 0,58% contra uma alta de 0,61% do IPCA.

As passagens aéreas voltaram a subir (1,43% em abril), o telefone celular aumentou 4,01%, enquanto a alimentação fora de casa ficou 0,99% mais cara.

http://www.em.com.br/app/noticia/economia/2016/05/06/internas_economia,759894/demanda-e-problemas-no-clima-impulsionam-alta-de-alimentos-diz-ibge.shtml

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas