As principais razões para isso foram: taxas de câmbio e a capacidade dos produtores de cortarem despesas que afetam a competitividade dos custos diante de um segundo ano de crise. Assim como 2014 foi um ano top para muitos do mundo do leite, 2015, até o momento, pode ser considerado o pior das últimas décadas para a maioria. Na verdade, a média dos preços do leite no mundo caíram 33% dos elevados níveis de 2014, para chegar a US$ 29,4/100 kg de Energia Corrigida do Leite (4% de matéria gorda e 3,3% de proteína), em 2015. “Nós estamos enfrentando a terceira crise nos preços do leite desde 2007. Essas crises e também outros fatores provocaram as maiores mudanças na competitividade que eu já vi em toda a minha carreira de economista do setor lácteo”, disse Dr. Torsten Hemme, diretor do IFCN. Em média, os agricultores reduziram seus custos em US$ 5,5/100 kg ECM. Fortes reduções de custos atingiram locais como a Europa Ocidental, Central e também países do Leste Europeu, devido às taxas de câmbio e os efeitos do pós cotas, enquanto os custos ficaram estáveis ou subiram, na China, Índia, Estados Unidos relacionados às taxas de inflação, trabalho e alimentação. No entanto, a redução nos preços do leite foi bem mais forte do que o declínio dos custos. Como resultado a renda das fazendas enfrentou queda grave, que continuou em 2016. De acordo com o Dr. Amit Saha, “Os produtores de leite que enfrentaram os piores resultados em termos de rentabilidade em 2015 foram os da Europa Ocidental, América do Norte, e Oceania, que não recebiam o suficiente para cobrir os custos. Em outras regiões a situação foi menos terrível, com cerca de 30% das fazendas não cobrindo seus custos”. Enquanto no Brasil e na Nova Zelândia a situação financeira das fazendas de leite estão melhorando, com o ligeiro aumento dos preços atuais, as coisas estão ficando mais desafiadoras nos Estados Unidos, União Europeia, China e Índia. A introdução do Relatório original destaca que mesmo com a crise, houve aumento de 1,8% na produção de leite, e 80% deste crescimento ocorreu na União Europeia e Índia. Na China e Estados Unidos a produção ficou estabilizada, enquanto no Brasil, Turquia e Nova Zelândia houve redução.
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