Com Arlon, Betânia planeja fazer investimentos de R$ 100 milhões

Betânia - A CBL Alimentos SA, dona da marca Betânia - que acaba de concluir a venda de uma participação de 20% de seu capital para o fundo de private equity americano Arlon
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Betânia – A CBL Alimentos SA, dona da marca Betânia – que acaba de concluir a venda de uma participação de 20% de seu capital para o fundo de private equity americano Arlon – planeja investir R$ 100 milhões nos próximos três anos para ampliar as linhas de produção de lácteos em suas unidades e também na construção de uma nova fábrica.
A aquisição da participação minoritária na maior empresa de lácteos do Nordeste pelo Arlon, antecipada pelo Valor, foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em meados de junho e concluída nesta semana.
Em entrevista ao Valor, o diretor-presidente da CBL e acionista majoritário da empresa, Bruno Girão disse que o plano, com a chegada do sócio, é reforçar o foco em produtos de maior valor agregado e aumentar a presença da marca Betânia em regiões do Nordeste onde ainda tem pouca penetração.
Numa primeira fase, o projeto é ampliar as linhas de produção de leite longa vida e de iogurtes nas unidades que já fabricam esses itens, segundo Girão. Para isso, será necessário elevar a captação de leite, que hoje é de 730 mil litros diários. A meta é alcançar 1 milhão de litros por dia em dois anos. Atualmente, a Betânia recebe leite de produtores do Ceará, onde está sediada, além de Pernambuco, Sergipe, Paraíba e Bahia. «Nossa capacidade [de produção] está perto do limite», afirmou o empresário.
Ele vê espaço para crescimento em leite longa vida na região Nordeste, uma vez que o consumo de leite em pó ainda predomina na região. Também aposta em produtos derivados lácteos focados na baixa renda. Além disso, a Betânia pretende aumentar a presença no mercado baiano e em Estados como Maranhão e Piauí. Hoje, já é líder no Ceará, Sergipe, Pernambuco e Paraíba, onde tem fábricas.
O plano de construir uma nova unidade, segundo Girão, já estava no radar da Betânia antes mesmo da entrada do sócio, com o qual a empresa começou a conversar há quase um ano. De acordo com ele, a companhia estuda em que região da Bahia pode construir uma nova unidade – se nas proximidades de Salvador ou no oeste baiano. Inicialmente, a fábrica produziria queijo e depois leite longa vida.
Ele reconheceu que a entrada do sócio deve facilitar os investimentos nos próximos anos. «O grande benefício é que se abrem oportunidades para a Betânia. Eles são uma chancela, favorecem o acesso ao crédito», afirmou, em referência ao Arlon.
Como parte do acordo de compra de participação na Betânia, o Arlon terá um assento no conselho de administração da empresa, representado por seu executivo Bruno Martins Silva. Girão seguirá no comando da empresa.
Entre os fatores que levaram o Arlon a investir na Betânia estão o portfólio de alto valor agregado, a marca reconhecida, a forte cadeia de suprimentos e o potencial de crescimento. «Estamos ansiosos para apoiar a Betânia no seu processo de crescimento», disse Silva.
O Arlon é um gestor de fundos de private equity, que tem como foco o investimento principalmente em empresas ligadas aos setores de agronegócio e alimentício. No Brasil, já tem participação na Sotran SA Logística e Transporte, e na Grano Alimentos S.A, que faz legumes em conserva. A CBL Alimentos, que faturou R$ 678,093 milhões em 2016, é o terceiro negócio do fundo no país.
De acordo com Girão, a previsão é de que o faturamento da Betânia cresça 10% este ano, apesar da queda dos preços dos lácteos. O aumento da distribuição em outros Estados do Nordeste, o avanço na Bahia e a migração dos consumidores para marcas mais baratas têm favorecido a empresa, explicou
http://terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=12391:com-arlon-betania-planeja-fazer-investimentos-de-r-100-milhoes

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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