Cientistas modificam genes de cabra para a produção de leite similar ao humano

Leite de cabra - Pesquisadores da Unifor realizam estudo com o objetivo de adicionar proteínas que evitam problemas gastrointestinais em bebês
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Pesquisadores da Unifor realizam estudo com o objetivo de adicionar proteínas que evitam problemas gastrointestinais em bebês
Os professores Kaio Tavares, Saul Gaudêncio e Leonardo Tondello conduzem pesquisa com cabras transgênicas na Universidade de Fortaleza (Foto: Ares Soares/Unifor) Os professores Kaio Tavares, Saul Gaudêncio e Leonardo Tondello conduzem pesquisa com cabras transgênicas na Universidade de Fortaleza (Foto: Ares Soares/Unifor)
Os professores Kaio Tavares, Saul Gaudêncio e Leonardo Tondello conduzem pesquisa com cabras transgênicas na Universidade de Fortaleza (Foto: Ares Soares/Unifor)
Cientistas da Universidade de Fortaleza (Unifor) conseguiram modificar o leite de cabras para que elas possam gerar leite com características humanas. O objetivo da pesquisa é adicionar ao leite animal duas proteínas do leite materno, lisozima e lactoferrina, que funcionam como imunoprotetores naturais para os bebês que não podem ser amamentados pela mãe, e principalmente, contra problemas gastrointestinais.
A pesquisa da Unifor voltou a ganhar destaque na mídia nacional dessa vez no caderno Ciência, da Folha de S. Paulo, no último dia 12 de janeiro, inclusive com chamada de capa, além de veiculação no portal online do jornal. Sob o título “Brasileiros alteram genes de cabras para parecer mais humano”, a matéria foi ainda distribuída pela Agência Folha, tendo tido ampla repercussão em outros jornais do Brasil.
Leite caprino
O leite caprino foi o escolhido porque possui menos compostos alergênicos que o da vaca, além do custo financeiro e do tempo de desenvolvimento serem menores. As proteínas usadas na pesquisa serviram como antibióticos naturais do leite materno, que tornam o sistema imunológico da criança mais resistente em comparação àquelas que não receberam esse alimento.
A pesquisa foi criada e conduzida por Luciana Bertolini, doutora em genética pela Universidade da Califórnia (EUA), e seu marido, Marcelo Bertolini, veterinário e doutor em fisiologia pela mesma universidade. Dois testes com animais já foram feitos.
No Brasil, o leite com lisozima foi introduzido em camundongos com quadros de desnutrição. Como resultado, esses camundongos conseguiram se recuperar de maneira mais rápida do que aqueles que não receberam a enzima. Já nos EUA, o teste foi feito em porcos de até três semanas.
Atualmente, quem conduz a pesquisa na Unifor são os professores Leonardo Tondello, Kaio César Tavares, os dois formados em medicina veterinária com doutorado em biotecnologia, e Saul Gaudêncio, formado em medicina veterinária e doutorando em biotecnologia. A equipe ainda é formada por alunos de graduação da Unifor, dos cursos de medicina, medicina veterinária, nutrição e farmácia.
“Em 2018 a clonagem de animais será iniciada e, em 2019, as cabras começaram a produzir o leite modificado. Em seguida, ele será coletado e passará por uma série de protocolos de purificação e testes pré-clínicos e clínicos, para garantir que o produto chegue completamente seguro ao mercado”, afirma o professor Leonardo Tondello.
Inicialmente, o projeto envolvia uma parceria com a Universidade de Dayles, na Califórnia, com a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Estadual do Ceará (Uece). Mas a partir de 2013, a Unifor desenvolveu o projeto com recursos próprios.
Apoio do BNB
No entanto, no fim de 2017, a Fortgen Technologies, empresa incubada no Espaço de Desenvolvimento de Empresas de Tecnologia (Edetec) da Unifor e responsável pelo desenvolvimento de cabras transgênicas, foi contemplada com financiamento do Banco do Nordeste (BNB) para dar prosseguimento às pesquisas, que serão realizadas nos laboratórios do Núcleo de Biologia Experimental (Nubex) da Universidade.
Coordenado pelo professor Leonardo Tondello Martins, o projeto trata da continuidade da cooperação internacional envolvendo a Unifor, a Fortgen e a companhia chilena Centro de Biotecnología Y Biofármacos (CBB).
https://g1.globo.com/ce/ceara/especial-publicitario/unifor/ensinando-e-aprendendo/noticia/cientistas-da-unifor-modificam-genes-de-cabra-para-a-producao-de-leite-mais-parecido-com-o-humano.ghtml

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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