Brasil precisa de competitividade para conquistar mercados

Vivendo uma das maiores crises de sua história recente, a produção leiteira precisa urgentemente ganhar competitividade para, com isso
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Vivendo uma das maiores crises de sua história recente, a produção leiteira precisa urgentemente ganhar competitividade para, com isso, galgar novos clientes para os produtos brasileiros no exterior. Esta é a tônica central do 5º Fórum Itinerante do Leite – Caminhos da Exportação, que será realizado no próximo dia 21 de novembro (terça-feira), em Frederico Westphalen. Promovido pelo Sindilat, em conjunto com Fundesa, Farsul, Fetag, Secretaria da Agricultura (Seapi), URI e Canal Rural, o evento reunirá lideranças, pesquisadores, representantes da indústria e produtores para debater as mudanças que precisam ser implementadas no processo produtivo. “Precisamos, todos juntos, achar um caminho para que o setor leiteiro do Brasil conquiste maior estabilidade e dê a produtores e indústria condições de seguir na atividade”, frisou o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra. O fórum também tem o apoio AGL, Apil, Cotrifred, Creluz, Emater-RS, Embrapa, Famurs, Ocergs, Prefeitura de Frederico Westphalen, Senai-RS e Sicredi.
Um dos palestrantes mais esperados da programação, que começa às 9h no Salão de Atos da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), é o pesquisador da Área de Socioeconomia da Embrapa Gado de Leite, João Cesar de Resende. “Falar de competitividade exige que se trate de custos de produção, que no Brasil ainda são muito elevados”. Segundo ele, entre os principais entraves para o desenvolvimento estão uma produção altamente pulverizada que eleva despesas de captação, produtividade baixa, problemas de logística e alta carga tributária, que, além de corroer os lucros, eleva o preço dos insumos. A solução, alerta ele, passa por incentivo do poder público seja com melhores condições de escoamento da produção, seja por meio de subsídio para a aquisição de tanques e melhoria da nutrição animal.
Enquanto isso, alerta Resende, há muito a ser feito pelos próprios elos da cadeia do leite, como investimento em genética para obtenção de vacas com mais potencial produtivo e em modelos mais eficientes de gestão. Só assim, acredita ele, será possível fazer frente a países como o Uruguai e a Argentina, que exportam seu leite exatamente por terem custo menor.
Apesar dos constantes alertas de que os pequenos produtores estão em risco de deixar a atividade, Resende argumenta que ”ser pequeno” não é sinônimo de baixa competitividade. Muito pelo contrário. De acordo com o especialista, propriedade familiares podem ter excelentes índices de desempenho exatamente por utilizarem mão de obra familiar e terem um custo operacional menor. “Não é o porte do produtor que define sua competitividade. Temos que buscar boa produtividade por meio de animais e de mão de obra qualificada”, recomendou. A garantia de qualidade do produto entregue é outro ponto fundamental para achar o caminho da exportação. “O mercado busca muita qualidade e isso inclui controle de índices como CCS e CBT”. Para melhorar essas questões, a sugestão é o trabalho em equipe. “Os setores não podem ser isolados. É preciso olhar a produção leiteira como um todo e pensar em um sistema de integração, talvez como o adotado na avicultura, onde todos ganhem mais”.
O 5º Fórum Itinerante do Leite – Caminhos da Exportação tem inscrições gratuitas e vagas limitadas. Pela manhã, estão previstos dois painéis de debate. O primeiro tratará de “Mercado externo de lácteos e políticas públicas” e o segundo se propõe e analisar os “Desafios para indústrias e produtores”. À tarde, três oficinas promoverão discussão técnica e apresentação de cases de produtores e empresas que trabalham rumo à excelência. Para participar basta solicitar credenciamento por meio dos sites do Canal Rural (www.canalrural.com.br), do Sindilat-RS (www.sindilat.com.br) ou da URI- Frederico Westphalen (www.fw.uri.br)
PROGRAMAÇÃO
8h – Credenciamento e welcome milk
8h30min – Boas-vindas
9h – Painel: Mercado externo de lácteos e políticas públicas (ao vivo)
João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite
Guilherme Portella, diretor da Lactalis
Ernani Polo, secretário da Agricultura – RS
Moacir Sopelsa, secretário da Agricultura – SC
Norberto Ortigara, secretário da Agricultura – PR
Carlos Joel da Silva, presidente da Fetag-RS
Debate e perguntas
10h30min – Painel: Desafios para indústrias e produtores (ao vivo)
Jaime Ries, assistente técnico da Emater-RS
Caio Vianna, presidente da CCGL
Rogério Kerber, presidente do Fundesa
Jorge Rodrigues, coordenador da Comissão de Leite da Farsul
Wlademir Dall’Bosco, presidente da Apil
Alexandre Guerra, presidente do Sindilat-RS
11h20min – Debate e perguntas
12h – Encerramento da transmissão ao vivo
12h15min – Almoço
12h35min – M&Cia
14h – Oficinas técnicas
1 – Gestão e sucessão na produção de leite
Local: Salão de Atos da URI – 700 vagas
Coordenação da oficina: Valdir Sangaletti, engenheiro agrônomo, assistente técnico regional de Sistema de Produção animal – Emater/RS-Ascar de Frederico Westphalen, RS.
14h – Abertura
14h05min – 1º painel: Planejamento forrageiro – Fábio Eduardo Schlick, zootecnista, mestre e doutor em Zootecnia – ATR de Sistemas de Produção Animal, Escritório Regional da Emater de Bagé. (Exemplo prático de planejamento – projeto SisLeite da Emater).
14h35min – 2º painel: Manejo de plantas forrageiras – Leandro Bittencourt de Oliveira, professor doutor – URI de Frederico Westphalen, RS (Exemplo prático de manejo – aluno do curso de Tecnólogo em Agropecuária da URI)
15h05min – Programa de gestão sustentável da agricultura familiar – Valdir Sangaletti, engenheiro agrônomo – ATR de SPA e Gestão Rural do Escritório Regional da Emater de Frederico Westphalen, RS.
15h20min – Case de sucesso no PGS – O trabalho da família Castelli de Iraí,RS – Equipe da Emater de Iraí e família Castelli.
15h45min – Case de sucesso na gestão da atividade leiteira – O trabalho da família Cansian – Taquaruçu do Sul – Família Cansian e URI.
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.
2 – Nutrição da vaca leiteira: Saúde do Animal e qualidade do leite
Local: Auditório da URI – 125 vagas
Coordenação da oficina: Sandro Paixão, zootecnista Sandro José Paixão – Dr. em Produção e nutrição animal e professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), Câmpus de Frederico Westphalen, RS.
14h05min – 1° painel: Alimentação no pré parto: reflexo na produção, sanidade e na qualidade do leite – Abílio Galvão Trindade Ferreira, médico veterinário, mestre em Produção Animal, consultor na área de nutrição e reprodução animal pela empresa NUTRE Saúde e Produção Animal, instrutor do Senar-PR.
14h55min – 2º painel: Técnicas de controle e medidas preventivas da mastite bovina – Thiago Caetano Schmidt Cantarelli – Médico veterinário, pós-graduação em Clínica e Técnica Cirúrgica Veterinária, médico veterinário da Cooperativa Tritícola de Frederico Westphalen e professor da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Câmpus de Frederico Westphalen)
15h05min – 3° painel: Importância do controle de qualidade do leite na produção de derivados – Rosselei Caiél da Silva, professora doutora da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (Campus de Frederico Westphalen)
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.
3 – Caminhos para a exportação
Local: Sala de aula da URI – 50 vagas
Coordenação da oficina: Darlan Palharini, secretário-executivo do Sindilat-RS
14h – Abertura
14h15min – Competitividade e os ajustes para a inserção do Brasil no mercado mundial de lácteos – João Cesar de Resende, pesquisador da Embrapa Gado de Leite
14h45min – Caio Vianna, presidente da CCGL – Exportação
15h05min – Case Lactalis
16h05min – Debate – perguntas aos painelistas, por escrito.
16h30min – Encerramento da programação
http://www.jornalatualidades.net/forum-do-leite-brasil-precisa-de-competitividade-para-conquistar-mercados/

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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