Bolsonaro recua e diz que deve rever fusão de ministérios; dirigente ligado ao leite é cotado

Sob pressão do setor industrial e do agronegócio, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) recuou nesta quarta-feira a promessa de fundir o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços
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Sob pressão do setor industrial e do agronegócio, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) recuou nesta quarta-feira a promessa de fundir o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) com a Fazenda e disse que deve rever também a proposta de fusão do Ministério da Agricultura com o do Meio Ambiente. Em um vídeo transmitido pela internet, Bolsonaro disse que tem recebido reclamações de representantes da indústria e de ruralistas e afirmou que pretende atender às demandas desses setores.
O candidato afirmou que vai atender ao pedido de manutenção do MDIC, apesar de ter anunciado há algumas semanas que a Pasta seria incorporada em um superministério da Economia. “Se esse é o interesse deles (empresários), para o bem do Brasil vamos mantê-lo. Sem problema nenhum”, disse.
Sobre a fusão da Agricultura com o Meio Ambiente, o candidato afirmou que tem um “certo atrito agora” com ruralistas, mas disse que “está pronto para negociar”. “Falei para o pessoal do agronegócio que era importante [fundir] e eles concordaram. Agora alguns estão discordando. Vamos chegar ao meio termo”, disse. Em seguida, afirmou que se mantiver os dois ministérios vai nomear para o Meio Ambiente alguém que não seja um entrave para a liberação de licenciamento ambiental. “O coitado do agricultor, do produtor que quer uma licença ambiental leva dez anos, se é que vai conseguir. Vamos preservar o meio ambiente mas não vamos atrapalhar a vida de quem quer produzir.”
Bolsonaro foi pressionado pela Frente Parlamentar do Agronegócio, que tem restrições à fusão das Pastas. Para a bancada ruralista, a junção dos dois ministérios poderá atrapalhar os interesses do agronegócio, já que a nova Pasta teria que cuidar de problemas como o tratamento de lixo, por exemplo.
Dirigente ligado ao leite é cotado para Ministério da Agricultura
De acordo com integrantes da campanha do candidato do PSL, cinco nomes estão sendo avaliados para representar o Ministério da Agricultura e do Meio Ambiente, sendo que um deles, é Airton Spies, atual Secretário de Estado de Agricultura e Pesca de Santa Catarina. Airton, que possui ampla experiência no setor agro e na cadeia láctea, tem recebido elogios de lideranças em razão de seu trabalho local.
Outros possíveis nomes
Frederico D’Avila > eleito deputado estadual pelo PSL de São Paulo. É um dos que ajudou a campanha de Bolsonaro a montar o programa voltado para o agronegócio. Acumula experiência de membro da diretoria da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e representante de São Paulo na Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja).
Luiz Antônio Nabhan Garcia > atual presidente da União Democrática Ruralista. Tem muita experiência no setor e apostou em Jair Bolsonaro desde bem antes do início da campanha.
Marcos Rosa > ex-presidente nacional da Aprosoja Brasil e membro da associação no Mato Grosso. Não é nome que circula tanto entre aliados de Bolsonaro, mas também é citado como uma possibilidade entre representantes do setor.
Tereza Cristina > deputada federal reeleita pelo DEM do Mato Grosso do Sul, atual presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, que declarou apoio a Bolsonaro antes do primeiro turno. Tem amplo trânsito no setor e conhece bem o funcionamento do parlamento. Enfrenta algumas arestas com entidades de classe e pode pesar contra o fato de ser de partido do Centrão.
 

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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