Aumento na oferta de leite impõe novas quedas no mercado global

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Aumento na oferta de leite impõe novas quedas no mercado global
Os preços internacionais do leite em pó no leilão da plataforma Global Dairy Trade (GDT) devolveram, desde meados de outubro, boa parte dos ganhos registrados nos quatro pregões anteriores. No último leilão quinzenal, realizado na terça-feira, as cotações do leite em pó integral caíram 11% para US$ 2.148 por tonelada. Já as cotações do leite em pó desnatado tiveram queda de 8,1%, recuando para US$ 1.851 por tonelada.

No leilão do dia 6 de outubro, o leite integral tinha alcançado um valor médio de US$ 2.824 por tonelada, enquanto o leite em pó desnatado chegara a US$ 2.267, conforme dados divulgados pela plataforma. Os preços negociados nesses leilões são referência para o mercado internacional de lácteos.

A redução da oferta nos leilões anunciada pela neozelandesa Fonterra, maior exportadora de lácteos do mundo, fez os preços se recuperarem nos pregões a partir de agosto, depois de terem atingido baixas históricas. A empresa diminuiu os volumes oferecidos no leilão, mas vendeu no mercado. O efeito da estratégia, porém, perdeu força nos últimos leilões.

Segundo Valter Galan, analista do MilkPoint, consultoria especializada em lácteos, «os fundamentos do mercado não mudaram» em relação ao período de alta. Assim, as quedas dos últimos três pregões parecem ter sido um ajuste após altas fortes, que tiveram «características de especulação».

Ele observa que a produção de leite continua em alta nos Estados Unidos e também na Europa, onde o fim do regime de cotas estimula esse cenário. Já na Nova Zelândia, a produção acumula queda de 3% na safra (de junho até setembro). Mas esse recuo não é suficiente para compensar os aumentos na produção pois o principal importador mundial de lácteos, a China, continua fora do mercado, explica.

Outro fator baixista são os estoques elevados de leite em pó desnatado na Europa e nos Estados Unidos, segundo Galan.

O quadro também é de cotações pressionadas ao produtor no mercado brasileiro. A razão é que após um atraso na entrada da safra de leite de Minas Gerais e Goiás, por conta do clima seco, os volumes começaram a crescer. A demanda também está fraca. Segundo dados da Kantar, citados por Galan, de janeiro a setembro o consumo de leite longa vida caiu 4% na comparação com igual período de 2014.
Fonte: Valor Econômico.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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