Após venda de fábrica, mineira Calu revê estratégia

Calu - Depois de vender à Polenghi uma unidade de processamento de lácteos em fase final de construção em Uberlândia (MG), a Cooperativa Agropecuária Ltda
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Depois de vender à Polenghi uma unidade de processamento de lácteos em fase final de construção em Uberlândia (MG), a Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia – Calu – está revendo sua estratégia de negócios. A cooperativa, que tem 56 anos e 3 mil associados, já tem fábrica de laticínios na cidade, onde produz leite pasteurizado, bebidas lácteas, queijos e manteiga. Os produtos são comercializados num raio de 200 quilômetros de Uberlândia, além de localidades do Norte e Nordeste.
Sem a nova unidade, agora nas mãos da Polenghi, a Calu vai produzir mais leite pasteurizado menos queijo, segundo Cenyldes Moura Vieira, presidente da cooperativa. «Decidimos repensar os negócios, focar no principal», diz. Além disso, a Calu quer fortalecer o trabalho com os produtores cooperados, especialmente no desenvolvimento da cadeia produtiva do leite na região.
A transação entre a Calu e a Polenghi, controlada pelo grupo francês Savencia, foi anunciada na semana passada. Como parte da negociação, a Calu firmou um contrato de fornecimento de leite para a nova unidade da Polenghi. Além disso, a francesa vai terceirizar a produção de itens, como queijo mussarela, para a Calu, explica Vieira.
De acordo com o presidente da Calu, a decisão de vender a unidade nova decorreu da crise econômica no país a partir de 2015. A fábrica começou a ser construída em 2013, e dois anos depois, a Calu passou a enfrentar restrições de crédito por bancos em função da crise, afirma Vieira.
Do investimento total de R$ 80 milhões previsto na planta, a cooperativa aportou R$ 75 milhões. O empreendimento elevou o endividamento da Calu, que decidiu, em 2016, arrendar a uma outra cooperativa cinco lojas de insumos que tinha e paralisar a produção de ração. A decisão seguinte foi vender a planta, cuja construção tinha sido interrompida.
Segundo Vieira, a unidade está quase 90% construída. Parte dos equipamentos para processamento de lácteos também já está instalada e foi incluída no negócio. O plano da Calu era produzir queijos, bebidas lácteas, manteiga e também leite longa vida na nova fábrica.
Depois ter «enxugado» os negócios, a Calu conseguiu o reequilíbrio financeiro, afirma o presidente da cooperativa. Com as dívidas – tomadas por causa da nova fábrica e de outros compromissos – equacionadas, a expectativa é de crescimento este ano, acrescenta.
No ano que passou, a Calu faturou R$ 70 milhões, 20% a mais que em 2016. A expectativa para 2018 é alcançar R$ 90 milhões, segundo Cenyldes Vieira. O que deve permitir o novo avanço é o aumento da captação de leite este ano, o que significa aumento da produção e de vendas.
Em 2017, a cooperativa estava captando 60 mil litros por dia de 500 cooperados e adquirindo 35 mil litros no spot (negociação entre empresas) para processamento na unidade, que tem capacidade de 120 mil litros diários. Neste ano, está coletando 75 mil litros e adquirindo outros 35 mil no spot. Com o contrato de fornecimento de leite à Polenghi, a expectativa da Calu é elevar a captação da matéria-prima. Voltar a produzir ração também está nos planos.
Com sede em Uberlândia, a Calu tem filiais nas cidades mineiras Monte Alegre de Minas, Tupaciguara, Gurinhatã e Ituiutaba.
Fonte: Valor Econômico.

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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