Apesar da crise no setor, produtor investe no leite

Produtor crise - Família Dahm iniciou na atividade no dia 9 de agosto e estima ampliar a produção e o plantel leiteiro Produtores de Venâncio Aires vivem
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Apesar da crise no setor, produtor investe no leite
Família Dahm iniciou na atividade no dia 9 de agosto e estima ampliar a produção e o plantel leiteiro
Produtores de Venâncio Aires vivem na contramão do crise do setor leiteiro. Enquanto, pelo menos, 2,5 mil famílias gaúchas estariam vendendo as vacas e abandonando a atividade, em função da queda do preço ao produtor nos últimos meses e da incapacidade de manter o negócio, produtores do município estão ampliando e modernizando as salas de ordenha, ou então, encaminhando projetos para investir no setor.
Segundo o engenheiro agrícola do escritório municipal da Emater/RS-Ascar, Diego Barden dos Santos, muitos desistem por causa da idade, por estarem aposentados ou, ainda, devido aos equipamentos sucateados em propriedades. ‘Estes são os principais fatores que fazem muitos produtores desistirem da atividade, pois entendem que não vale mais à pena investir. Tudo, claro, aliado à queda no preço recebido pelo litro do leite’, resume. Relatos indicam queda de até R$ 0,20 por litro no mês de agosto em relação ao mês de julho, o que motivou a realização de audiências públicas na Câmara dos Deputados e pela Assembleia Legislativa gaúcha, em meados de agosto.
Segundo dados da Emater, nos anos de 2015 e 2016, com base de venda de leite com a emissão de nota fiscal, houve um aumento de produção, passando de 8,48 milhões para 8,6 milhões de litros de um ano para o outro. O volume envolve um total de 178 produtores de Venâncio Aires.
O engenheiro agrícola estima que hoje, apesar da crise, tanto o número de produtores, quanto a produção sejam bem superiores. Porém, os números de 2017 somente poderão ser analisados em 2018, pois os agricultores precisam apresentar os blocos na Secretaria Municipal de Agricultura para a digitação das notas fiscais emitidas.
Leite é a nova aposta
Agregar mais renda e diversificar a cultura do tabaco, além de fazer a sucessão rural com a filha Letícia. Estes são os motivos que levaram o produtor João Irto Dahm, morador de Linha Herval, a investir na produção de leite. Ele iniciou no setor no dia 9 deste mês, contando com dez vacas leiteiras, que adquiriu de um produtor do município de Cruzeiro do Sul, que parou com a atividade por causa da idade.
A produção, por enquanto, ainda é pequena – na média de 160 litros de leite por dia – , mas Dahm já construiu uma sala de ordenha e adquiriu um resfriador, obedecendo os critérios estabelecidos pela integradora. Apesar da crise, o protutor está confiante na recuperação do setor e, quando isto ocorrer, ele pretende reduzir e até mesmo, parar de produzir tabaco para se dedicar somente ao leite. Como ainda está no primeiro mês de produção, Dahm não tem como precisar quanto será o valor que receberá por litro, mas estima que ficará em torno de R$ 1,07 o litro.
Modernização para seguir no setor
Há três anos na atividade, o casal José Telmo e Marta da Silva, morador de Linha Cerrito, construiu novas salas de ordenha e de espera para o plantel de 12 vacas, que produzem em média, 180 litros por dia.
O casal está apenas no aguardo e instalação dos equipamentos da nova sala, que vai facilitar a ordenha das vacas, que ainda é manual e igualmente atende os critérios da integradora. Assim como outros produtores, Silva também tem no leite uma agregação de renda e diversificação das atividades. Assim como o morador de Linha Herval, José Telmo vive a expectativa de que a situação do setor leiteiro melhore. Como a mão de obra para todas as atividades da propriedade é somente do casal, no futuro, Silva pretende se dedicar somente à produção de leite. No momento, a produção mensal gira em torno de 5 mil litros e no mês passado, recebeu líquido, R$ 1,06 pelo litro de leite.
‘Vou continuar investindo no leite, porque tenho e vivo a esperança de que a crise do setor vai passar.’
João Irto Dahm, produtor de leite.
http://www.folhadomate.com/noticias/geral15/apesar-da-crise-no-setor-produtor-investe-no-leite

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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