A demanda por alternativas ao leite na América Latina é fraca em comparação ao boom global, diz Rabobank

Leite “Sem-Leite” – As alternativas ao “leite” permanecem modestas na América Latina, com consumidores que avaliam os preços, após anos de aperto econômico, disse o diretor executivo do Rabobank.
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Leite “Sem-Leite” – As alternativas ao “leite” permanecem modestas na América Latina, com consumidores que avaliam os preços, após anos de aperto econômico, disse o diretor executivo do Rabobank. Em 2017, as vendas globais das alternativas Sem-Leite totalizaram US$ 15,6 bilhões, e a soja foi responsável por 39% das vendas, de acordo com o Euromonitor.
Enquanto isso, o faturamento da categoria leite ‘Sem-Leite’ na América Latina foi de apenas US$ 707 milhões. De acordo com o recente relatório do Rabobank: Sem Leite – Como a indústria pode responder ao crescimento do Dairy-Free, o crescimento das alternativas “Sem-Leite” está sendo impulsionado pela “mudança da percepção do consumidor” acerca de saúde, estilo de vida, curiosidade, e sustentabilidade.
Mas, Tom Bailey, autor do relatório e diretor executivo para lácteos do RaboResearch Food & Agribusiness, disse que a categoria na América Latina tem uma história muito diferente para contar.
“Na América Latina, a categoria ‘leite’ alternativo representa cerca de 5% da categoria total de bebidas lácteas da região, e esse número caiu nos últimos cinco anos”, disse Bailey à FoodNavigator-LATAM.
Ele disse que o Brasil, a Argentina e o México que eram os maiores mercados para os produtos ‘não lácteos’ e que são responsáveis por um quarto de todas as vendas, a penetração permaneceu menor que a média global.
“Isto ocorre, provavelmente, em decorrência do preço dos produtos alternativos, e ao fato de que o leite tradicional é a forma mais barata de obter mais nutrição, particularmente porque algumas regiões da América Latina estão enfrentando desafios econômicos ao longo dos últimos cinco anos”.
Sem-Leite é uma ligação ‘emocional’
O mercado global de leite ‘Sem-Leite’ teve forte crescimento nos últimos anos, com vendas no varejo crescendo 8% ao ano nos últimos dez anos. Bailey disse que Ásia-Pacífico é o maior mercado, mas a América do Norte e a União Europeia (UE) também são fortes. Nestes dois últimos mercados, ele disse que o crescimento foi impulsionado por consumidores à procura de “proposição de valor emocional”.
No relatório do Rabobank, Bailey disse que os profissionais de marketing das alternativas aos produtos lácteos estão “se conectando melhor com os consumidores”, particularmente aqueles que preferem opções ‘sem leite’ por terem a percepção de que são mais adequadas à saúde e ao estilo de vida. “O maior segmento de consumidores que escolhem bebidas ‘sem-leite’ consiste – sem surpresas – nos Millennials, [Geração Y] e Geração Z. Suas percepções acerca de saúde e sustentabilidade (incluindo o bem estar animal e pegadas ambientais) são motivações fundamentais para suas escolhas, incluindo a limitação no consumo de lácteos. Um tanto desconcertante é a constatação de que preço e sabor não sejam considerados incentivos para que os consumidores deixem os lácteos”, escreve Bailey.
Para a América Latina, no entanto, Bailey disse que a tendência do consumidor “parece não ser tão forte”, especialmente para as alternativas aos lácteos por “serem economicamente sensíveis”.
Até certo ponto, essa sensibilidade também pode representar uma oportunidade de ‘antecipar escolhas’ para as alternativas ao leite, disse ele, para aqueles consumidores que talvez “estejam dispostos a correr algum risco”.
De qualquer forma, a recomendação para que os laticínios tradicionais se envolvam com produtos alternativos sem-leite ou considerem trabalhar com alternativas é “prematura na América Latina”, disse Bailey, apesar do sucesso na Europa e Estados Unidos. As empresas tradicionais de laticínios nesses mercados adquiriram algumas marcas sem-leite (Danone adquiriu WhiteWave); investiram em startups através de programas incubadores (Land O’Lakes e Chobani); ou ainda lançaram seus próprios ‘sem-leite’ (Valio com seus produtos à base de aveia na Finlândia).
Laticínios são “fortes” na América Latina
Por enquanto, disse Bailey, os lácteos tradicionais continuam sendo um enorme mercado na América latina, valendo US$ 14,3 bilhões – ligeiramente abaixo do mercado mundial de Sem-Leite. A região, acrescentou, representa 10% da produção mundial de leite. “Lácteos tradicionais permanecem fortes na América Latina e é um dos principais mercados que, esperamos terá um forte crescimento da demanda – ligeiramente acima da média mundial de 2,5% – para produtos lácteos nas próximas décadas”.
No entanto, Bailey disse o setor de laticínios tradicional da América Latina, assim como os jogadores internacionais, podem aprender algumas lições sobre o forte crescimento global do segmento Sem-Leite, em particular no que se refere à abordagem de “colocar o consumidor em primeiro lugar”.
http://www.terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=17620:a-demanda-por-alternativas-ao-leite-na-america-latina-e-fraca-em-comparacao-ao-boom-global-diz-rabobank&Itemid=359

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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