Perspectives agricoles da OCDE e da FAO 2017-2026 – Preços

Principais elementos das projeções – Nos países desenvolvidos, os consumidores privilegiam a nova manteiga e a matéria gorda do leite (cremes) mais que os produtos substitutos à base de óleo vegetal.
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Principais elementos das projeções – Nos países desenvolvidos, os consumidores privilegiam a nova manteiga e a matéria gorda do leite (cremes) mais que os produtos substitutos à base de óleo vegetal.

De fato, a avaliação dos efeitos da manteiga do leite sobre a saúde é hoje, mais favorável, e o gosto dos consumidores mudaram. Esta evolução favoreceu os alimentos não processados. Em consequência, a matéria gorda é utilizada cada vez mais em confeitarias. Diante do efeito do crescimento da renda da população, mas, também em decorrência da padronização dos hábitos alimentares do mundo, os países em desenvolvimento deverão consumir bem mais produtos lácteos. O consumo por habitante deverá ultrapassar 20,2 kg (extrato seco do leite) em 2014-2016 para 21,3 kg em 2026 nos países desenvolvidos. Nos países em desenvolvimento saltará de 10,9 kg para 13,2 kg. Entretanto, ocorrem disparidades regionais entre os países em desenvolvimento, onde os produtos lácteos frescos continuarão, de longe, sendo os mais consumidos. Nos países desenvolvidos, os consumidores preferem os produtos transformados (gráfico 3.5).

Nota: o teor de extrato seco do leite é calculado adicionando a quantidade de matéria gorda e de matéria seca não gordurosa para cada produto. Os produtos processados incluem queijo, manteiga, leite em pó desnatado e leite em pó integral.

Fonte: OECD/FAO (2017), “Perspectives agricoles de l’OCDE et de la FAO”, Statistiques agricoles de l’OCDE (base de dados), http://dx.doi.org/10.1787/agr-data-fr.

Ainda que, em certos países, a produção de leite tenha se mantido limitada nos últimos anos, ela deverá aumentar 178 toneladas (22%) até 2026 em relação ao período de referência 2014-16. O percentual correspondente ao aumento dessa produção nos países desenvolvidos no período irá diminuir ao longo do tempo, passando de 49% em 2016, para 44% em 2026. O maior aumento de produção (77%) deverá ser observado em países em desenvolvimento, particularmente no Paquistão e na Índia, que deverão representar 29% do aumento da produção total de leite até 2026, contra 24% verificada no período de referência. Nos países em desenvolvimento a produção de leite deverá crescer 2,7% por ano e a produção suplementar será, em grande parte, consumida internamente na forma de lácteos frescos. Ao nível mundial, a produção de leite em pó integral aumentará 1,9% ao ano, enquanto que a produção de manteiga e de leite em pó desnatado deverá crescer mais rapidamente, ao ritmo de 2% e 2,5% ao ano, respectivamente, enquanto que o queijo crescerá 1,4%.

Partindo de um nível relativamente baixo, em 2016, a alta da demanda deverá permitir uma majoração dos preços dos produtos lácteos no meio termo. Em 2026, os preços do queijo, atualmente inferiores aos preços da manteiga, deverão ultrapassar esses últimos e serão 38% mais elevados do que os valores do período de referência. Os preços do leite em pó aumentarão em valores moderados no curto prazo, em decorrência da lenta retomada do consumo deste produto pela China. Os preços do leite em pó desnatado e do leite em pó integral não deverão alcançar os níveis recordes de 2013-14, mas, crescerão em 76% e 60%, respectivamente até 2026, em relação ao período de referência, o que corresponderá a elevações modestas, em termos reais.

A depreciação prevista, no médio prazo, das moedas da Argentina e do Brasil em relação ao dólar dos Estados Unidos, favorecerá a elevação das exportações desses país, que se tornarão mais competitivos. Em relação às importações, a moeda da maior parte do grandes países importadores (Filipinas, Egito, Irã, e Indonésia) deverá também sofrer desvalorização, o que fará com que a demanda de importação caia. No Japão, o envelhecimento da população restringirá a importação, enquanto no Canadá, a reação estará limitada a medidas que sustentem a cadeia láctea do país. Entre o período de referência e 2026, a parte das exportações de produtos lácteos da União Europeia passará de 24% para 28%. A Índia, maior produtor mundial de leite, possui um grande mercado interno, e em expansão. Esse país não deverá ser um ator influente no mercado internacional.

PREÇOS

Os preços mundiais dos produtos lácteos, em particular de matéria gorda do leite, subiram rapidamente a partir do segundo semestre de 2016, depois de ter ocorrido uma queda vertiginosa a após atingir o recorde em 2013-14, em decorrência da contração da demanda e excesso de oferta. Do lado da demanda, a República popular da China (denominada a partir de agora “China) – o maior importador de leite em pó desnatado e leite em pó integral – reduziu as importações, enquanto que a Rússia impôs um embargo sobre as importações de certos produtos procedentes de muitas regiões exportadoras, como a União Europeia e Estados Unidos. Os preços internos nos Estados Unidos e o fim das cotas na União Europeia geraram uma oferta abundante. Enquanto isso, grandes países exportadores, como Argentina, Austrália e Nova Zelândia viram suas produções diminuíram em razão de condições meteorológicas desfavoráveis. Nos próximos dez anos, os preços da manteiga vão cair em termos reais, enquanto que os do leite em pó desnatado e integral, bem como os dos queijos, deverão aumentar. No curto prazo, as cotações da manteiga continuarão com tendência de alta em relação aos outros produtos lácteos. Portanto, o aumento do preço da manteiga será apenas em termos nominais no médio prazo, em relação a outros produtos lácteos. As cotações do dois tipos de leite em pó e do queijo, partindo de um baixo nível no período de referência, deverão continuar a ascensão no médio prazo. (Gráfico 3.5.1). Uma demanda vigorosa de leite e produtos lácteos – ela deverá aumentar 26% até 2026, com base no extrato seco do leite – sustentará os preços internacionais. Em valores nominais, no entanto, não deverá atingir os preços recordes registrados em 2013.

Nota: manteiga, preço FOB à exportação, 82% de matéria gorda, Oceania; leite em pó desnatado, preço FOB de exportação; leite em pó desengordurado, 1,25% de matéria gorda, Oceania; leite em pó integral, preço FOB de exportação, 26% de matéria gorda, Oceania; queijo, preço FOB de exportação, cheddar, 39% de umidade, Oceania. Os preços em termos reais são os preços nominais deflacionados pelo deflator do PIB dos Estados Unidos (2010=1).

Fonte: OCDE/FAO (2017), “Perspectives agricoles de l’OCDE et de la FAO”, Estatísticas agrícolas da OCDE (base de dados),  http://dx.doi.org/10.1787/agr-data-fr.

No médio prazo, a demanda de leite e de produtos lácteos dos países em desenvolvimento deverá aumentar sob o efeito do crescimento da renda da população, e evolução da alimentação. Esses países absorverão 87% da alta do consumo de produtos lácteos com base nos sólidos totais do leite, principalmente, sob a forma de produtos frescos. Nos países desenvolvidos, o aumento é sobretudo em produtos processados. Esse crescimento será satisfeito, essencialmente, pela produção interna, graças ao aumento do rebanho leiteiro e da renda, e pelas importações, para os países em desenvolvimento. A produção e o consumo aumentarão, no entanto, mais lentamente que durante a década precedente.

http://terraviva.com.br/site/index.php?option=com_k2&view=item&id=12427:perspectives-agricoles-da-ocde-e-da-fao-2017-2026-precos

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Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

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