IBGE: produção se recupera no quarto trimestre, mas ano ainda termina com queda

O IBGE divulgou nesta quarta-feira (15/03), os dados da captação brasileira de leite para o quarto trimestre de 2016. O volume de leite captado no período foi de 6,24 bilhões de litros
Share on twitter
Share on facebook
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email

 

O IBGE divulgou nesta quarta-feira (15/03), os dados da captação brasileira de leite para o quarto trimestre de 2016. O volume de leite captado no período foi de 6,24 bilhões de litros, 0,8% menor que o mesmo trimestre de 2015 e apenas 0,3% acima da projeção realizada pelo MilkPoint Mercado (de 6,22 bilhões).
No acumulado de janeiro a dezembro, a captação de leite pela indústria totalizou cerca de 23,2 bilhões de litros, 918 milhões de litros a menos do que o ano passado (-3,7%), como mostra o gráfico 1.
Gráfico 1. Captação formal de leite pela indústria. Fonte: IBGE.

Captação formal de leite pela indústria
Esta recuperação da produção a partir do segundo semestre de 2016 e, mais fortemente, no último trimestre do ano, retrata claramente o que foi o ano de 2016: um início bastante ruim ao produtor de leite, com evolução positiva, principalmente em função da forte subidas nos preços pagos e a redução dos valores ao final do ano, atingindo margens médias ao produtor de leite que, apesar dos altos e baixos, foram melhores do que 2015 e dentro do histórico médio de anos anteriores. “É importante verificar esta tendência da produção no último trimestre, que sinaliza um cenário de recuperação para 2017”, indica Valter Galan, do MilkPoint Mercado. Este é o segundo ano consecutivo de queda na produção, de acordo com o IBGE, algo inédito desde o início da série histórica, em 1997.Quando comparamos a variação dos dados trimestrais obtidos em 2016 e 2015, podemos observar uma forte queda na captação nos dois primeiros trimestres do ano, em comparação ao ano anterior, seguida por uma importante reação no segundo semestre, terminando 2016 ainda com variações negativas, porém mais brandas (gráfico 2).
Gráfico 2. Variações trimestrais na captação de leite (2016 vs. 2015). Fonte: IBGE, Pesquisa Trimestral do Leite.
Variações trimestrais na captação de leite
Em termos regionais, podemos observar quedas na captação de leite anual em quase todas as regiões do Brasil, sendo a maior variação negativa vista no Centro-Oeste (-7,1%), seguido por Nordeste (-5,9%), Sudeste (-4,1%) e Sul (-2,7%). A única região que apresentou alta em 2016 foi a região Norte (+4,0%), conforme o gráfico 3.
Gráfico 3. Variação na captação de leite por região (2016 x 2015). Fonte: IBGE.
Variação na captação de leite por região
Os dados de captação anual dos principais estados produtores de leite também apontaram quedas no ano de 2016, em comparação com 2015. Dentre os estados analisados, apenas Santa Catarina apresentou alta no período (+4,0%), lembrando que esses dados refletem a produção processada nos estados e não necessariamente produzida. A maior queda foi sentida pelo Rio Grande do Sul (-6,8%), seguido por Goiás (-5,9%), Minas Gerais (-5,3%), Paraná (-3,1%) e São Paulo (-2,0%).Gráfico 4. Variação da captação de leite por região (2016 x 2015). Fonte: IBGE.
Variação da captação de leite por região
Como mostra o gráfico 5, a disponibilidade per capita de leite (Produção + Importações – Exportações/População) foi bastante diferente nos dois semestres de 2016. No primeiro, o volume per capita disponível foi 3,7% menor que em 2015, o que ajuda a explicar a forte subida de preços verificada no mercado. Já no segundo semestre, a disponibilidade em 2016 cresceu 2,8% em relação a 2015, “puxada” por esta recuperação da produção indicada pelos dados do IBGE e também pelo forte aumento das importações de leite. Diante deste cenário, a disponibilidade de leite anual caiu apenas 0,4% em 2016.Gráfico 5. Disponibilidade de leite per capita (2016 x 2015). Fonte: MilkPoint Mercado.
Disponibilidade de leite per capita

Mirá También

Así lo expresó Domingo Possetto, secretario de la seccional Rafaela, quien además, afirmó que a los productores «habitualmente los ignoran los gobiernos». Además, reconoció la labor de los empresarios de las firmas locales y aseguró que están «esperanzados» con la negociación entre SanCor y Adecoagro.

Te puede interesar

Notas
Relacionadas