As inundações na Argentina seguem, principalmente, na zona centro-oeste de Santa Fe, próxima ao limite de Córdoba, mesmo com 12 dias sem chuvas. Os produtores alertam que a principal produção afetada é a produção leiteira, que não consegue enfrentar o presente. Os produtores ficaram «sem reservas, sem silos de milho e sem pastagens» para alimentar seu gado.
Assim, a produção de leite em Santa Fe diminuiu em 2 milhões de litros diários, segundo comentou o vice-presidente das Confederações Rurais Argentinas (CRA), Jorge Chemes. O empresário confirmou que a queda já chega a 20%.
«Temos sérios problemas com as inundações, de muita gravidade. As granjas leiteiras estão em péssima situação. Há muita água sobre os terrenos e muitos encerramentos de operações. Hoje estão sendo produzidos dois milhões de litros a menos e há uma queda na produção de cerca de 20%», disse Chemes.
O dirigente rural disse que a zona vive uma situação de incerteza, onde ainda não é possível avaliar os danos. «A primeira saída é esperar que o tempo passe, porque a água tem que baixar em algum momento. Mas, ao mesmo tempo, necessitamos de financiamento de maneira urgente a muito longo prazo e sem juros, já que os produtores não estão podendo produzir», acrescentou.
Impacto econômico
De acordo com o governador Miguel Lifschitz, as perdas que a província terá como consequência das inundações são estimadas entre AR$15 bilhões e AR$20 bilhões. Desse total, AR$2,4 bilhões seriam perdidos apenas na produção de leite.
Tradução: Izadora Pimenta
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