Produção/AR – As três bacias leiteiras da província de Entre Rios estão seriamente afetadas pelas chuvas e inundações e muitas fazendas tiram o leite mas, não podem entregá-lo em decorrência de estradas interrompidas.
As três bacias leiteiras (Paraná Campaña, Nogoyaá e zona sul de Gualeguaychú a Concepción del Uruguai) estão seriamente afetadas pelas chuvas e inundações e muitos produtores tiram o leite que não podem entregar, uma vez que as estradas estão interrompidas. “O setor está sendo muito afetado. A queda de produção chega a 30%. As estradas em muitos trechos estão intransitáveis e sabemos que os produtores precisam tirar o leite, que não será entregue, porque não contam com vias transitáveis”, afirmou o vice-presidente da Associação de Pequenas e Médias Empresas de Laticínios (APYMEL), Eduardo Tonutti, ao diário Uno. O dirigente acrescentou que “o fato de que passam os dias sem perspectivas de enxugar a terra, o trabalho no campo se complica”. Uma vez que as condições climáticas melhorem, “ainda levará um tempo para a situação se normalizar: as estradas podem enxugar, mas permanecerão destruídas”. Em condições normais, em Entre Rios é produzido a média de 1,5 milhões de litros por dia. Atualmente, além de queda no volume, também a qualidade está comprometida. “Os animais sofrem muito. Estão permanentemente no barro o que causa estresse e afeta a qualidade do leite”, disse Tonutti. Por outro lado, se ferindo ao maior custo que tem o setor para manter a atividade, já que ao não contar com os pastos para os animais se alimentarem, também precisam investir em produtos balanceados e grãos. “Esse maior custo afeta a rentabilidade do setor. Existem muitas propriedades pequenas e com características de agricultura familiar, que podem desanimar da produção de leite”. “Seguramente as indústrias irão contribuir para minimizar o maior custo de produzir leite”, disse Tonutti, dentro deste contexto em que as perdas do setor são incrementadas pelos efeitos impiedosos do tempo. Finalmente disse que “estiveram reunidos com o ministro da Produção de Entre Rios, Carlos Schepens, e destacamos que os produtores mais vulneráveis são os da agricultura familiar e que é preciso ajudá-los, rapidamente, não somente em relação ao fator climático de agora, mas, ainda pela situação precária de constantes crises porque passam há muito tempo”.
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