Em meio a forte pressão do mercado cambial da Argentina – disparada do paralelo e desvalorização do real no Brasil, acentuando a perda da competitividade do país – e de barreiras comerciais bilaterais, representantes da indústria de alimentos e bebidas do Mercosul iniciaram encontro de dois dias, em Buenos Aires. O objetivo é discutir, entre outros assuntos, as questões que mais preocupam os empresários: a perda de competitividade e a fluidez do comércio. O presidente de Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação do Brasil, Edmundo Klotz, fez críticas í política cambial do Brasil e da Argentina.
«No Brasil, nosso problema hoje é que o cí¢mbio está ficando alto demais. Daqui a pouco vai ser difícil de segurar. Todo mundo fala que temos cí¢mbio flutuante, no Brasil e na Argentina, mas quem acreditar nisso eu vendo a ponte Rio-Niterói», disparou. «As consequíªncias quando se controla o cí¢mbio podem ser dramáticas e eu tenho medo disso», alertou Klotz. Indagado pela Agíªncia Estado se considera a elevação do cí¢mbio no Brasil descontrolada, ele disse que «ainda há tempo para reverter e voltar ao que era o cí¢mbio flutuante».
O empresário considerou que os distintos setores da economia tíªm diferentes necessidades e aspirações para o patamar do cí¢mbio. Ele ressaltou que são variáveis que devam ser consideradas, mas não determinantes para fixar um patamar do cí¢mbio. «O certo é deixar o cí¢mbio flutuar e ficar onde o mercado determina», opinou.
Fonte: Agencia Estado
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