A tabapuã participou da feira do Pró – Genética, programa concebido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu
POR SEBASTIÃO NASCIMENTO
A raça zebuína Tabapuã, comandada pela Associação Brasileira dos Criadores da raça, começou o ano com vários motivos para comemorar. Como a participação de sucesso na 30ª edição do Show Rural Coopavel, em Cascavel, Paraná, no mês passado. Além de promover a raça, que se adapta facilmente em todas as regiões do Brasil, a tabapuã participou da feira do Pró – Genética, programa concebido pela Associação Brasileira dos Criadores de Zebu – ABCZ de Uberaba. Na ocasião, 100% dos animais foram comercializados.
Para o presidente da associação Julio Laure, a iniciativa tomada há três anos pelo ex-presidente Marcelo Ártico em participar do Show Rural Coopavel, abriu portas e novos horizontes. Durante os cinco dias, o evento recebeu 265.350 pessoas e movimentou R$ 1,8 bilhão em negócios.
Por sinal, intensificar a participação do tabapuã em exposições e feiras, principalmente as do Pró – Genética, é uma das metas da diretoria da associação.
«Do Pró – Genética já participamos de duas, uma em Cascavel, com os criatórios Água Milagrosa e Tabapuã da Gê, e a outra em Uberaba, durante a Expominas, que contou com a participação de animais da fazenda 4 Irmãs. Nosso objetivo é levar o Tabapuã para várias regiões e lugares», diz Julio Laure.
A entidade trabalha agora na participação na Expozebu de Uberaba, que acontece em maio. No ano passado, a exposição conseguiu colocar na pista 166 animais de diversos Estados.
Em 2017, em números, a raça tabapua teve mais de 1000 animais vendidos em leilões, com faturamento geral de R$ 6 milhões. Movimento muito bom.
A força da mulher no agronegócio brasileiro tem se acentuado nos últimos anos. É o caso de Sarita Rodas, executiva do agronegócio com cursos na USP e na Universidade Harvad (EUA ). Ela é presidente do Conselho de Administração do Grupo Junqueira Rodas, que produz laranja, cana de açúcar e gado tabapuã, em Monte Azul Paulista (SP.).
Caçula de três irmãs, Sarita é ainda a primeira mulher eleita para o Conselho Deliberativo do Fundecitrus. No Grupo Junqueira Rodas, ela substitui o pai, Fábio Rodas, já falecido.
Sarita vai tocar os negócios da família ao lado da mãe, Maria Teresa Junqueira Rodas.
Mesmo com os problemas enfrentados pelo setor pecuário no ano passado, o mercado de genética bovina conseguiu fechar 2017 com um crescimento de 3,5% no volume de doses de sêmen comercializadas. De acordo com a Associação Brasileira de Inseminação Artificial (ASBIA), foram vendidas 12.134.438 doses contra 11.721.722, em 2016. Esses dados fazem parte do Index ASBIA 2017, relatório anual que a entidade acaba de divulgar e que traz informações sobre as vendas internas e a exportação e importação de sêmen das raças bovinas de corte e de leite.
Para o presidente da ASBIA, Sérgio Saud, esse é um resultado animador, principalmente porque, em 2017, a pecuária enfrentou queda no preço do leite pago ao produtor e as consequências da Operação Carne Fraca. “Tivemos dois cenários bem distintos em 2017, com um primeiro semestre muito bom para as raças leiteiras e um segundo semestre de forte recuperação para as raças de corte. Isso garantiu um crescimento anual nos dois segmentos, sendo de 9,8% no leite e 0,6% no corte, chegando a 3,5% no geral”, explica Saud.
As exportações também fecharam em alta, com 15,4% de elevação no geral, chegando a 341.986 doses exportadas. O melhor desempenho ocorreu na pecuária de corte, que terminou o ano com 60% de aumento nas exportações. Países como Paraguai e Bolívia estão entre os maiores compradores da genética brasileira em 2017. Já na pecuária leiteira o movimento foi inverso, com as exportações abaixo do ano anterior e as importações ampliadas em decorrência dos investimentos maiores feitos pelo produtor no primeiro semestre.
https://revistagloborural.globo.com/Colunas/sebastiao-nascimento/noticia/2018/03/tabapua-ano-movimentado.html